Campanha de sensibilização: Trabalhadores migrantes em São Paulo (OIT)

A agência foi convidada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para planejar e executar uma campanha com o potencial de sensibilizar trabalhadores e trabalhadoras migrantes em São Paulo sobre os riscos sociais que envolvem a imigração, seus direitos e deveres no país de destino.

O desenho da campanha compreendeu mensagens e conceitos, canais de distribuição, produtos e linguagens mais adequados para o público-alvo. Para obter insumos para a criação das peças, foram realizadas duas rodadas de entrevistas e articulação com parceiros da OIT engajados com a pauta do combate ao trabalho escravo. Em outubro de 2018 e abril de 2019, a Forest conversou com especialistas e trabalhadoras migrantes sobre estratégias de comunicação.

Identificamos que havia 300 mil migrantes bolivianos em São Paulo, sendo que 90% trabalha em oficinas de costura e em torno de 60% desse total eram mulheres. O nível de escolaridade era heterogêneo e a grande maioria desse público não falava português, sendo a língua uma barreira no acesso aos serviços públicos. Porém, em relação a mídias, o grupo usava muito o WhatsApp e escutava rádios comunitárias e também online.

A partir dessas informações, a Forest desenvolveu uma identidade visual valorizando elementos do ambiente do trabalho e o potencial de transformação a partir da educação, empreendedorismo e outras oportunidades no mercado. Essa identidade atravessou as peças pensadas para a campanha: a  cartilha ¡Soy inmigrante, tengo derechos!, sete webcards e spots de áudio sobre saúde, educação, trabalho, direitos das mulheres e das crianças. O conteúdo foi distribuído por meio das organizações parceiras, como também por rádios online e perfis de redes sociais com público majoritariamente de migrantes). 

Para gerar métricas e indicadores para avaliação da campanha, foram incluídos links em bit.ly na cartilha e nas mensagens das redes sociais. Dessa maneira, foi possível monitorar quais temas foram mais procurados pelo público.

Por fim, como todos os arquivos da campanha foram entregues abertos, a OIT e seus parceiros puderam fazer adaptações do material para outros suportes.